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Clarissa Mattos - Baiana de Salvador, administradora de empresas e pós-graduada em Marketing e E-Business, nos últimos anos tem atuado nas áreas de comunicação e marketing. Hoje mora em De Bilt e, além de música, cinema, literatura e fotografia, adora conhecer novas pessoas, lugares e culturas.
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Festa Junina: Cultura Brasileira em Defesa da Amazônia
Clarissa Mattos
Alegria e animação brasileiras tomam conta de Lage Vuursche.
O dia escolhido foi um sábado. O lugar, uma pequena vila rodeada por um lindo bosque. Foi assim, numa cinzenta tarde de um suposto verão que custa a chegar, que a cultura brasileira marcou encontro com a solidariedade holandesa em defesa da Amazônia. No último sábado, 30 de junho, o vilarejo de Lage Vuursche presenciou uma grande festa do Brasil e para o Brasil. A parceria entre o site Brasileiros na Holanda e Wereld Natuur Fonds (WNF), representado pelo sr. Gerard Kamstra, reuniu na Festa Junina as mais variadas vertentes da cultura brasileira e transformou a pacata vila holandesa em uma filial da alegria e espontaneidade brasileiras. Mais de 1.500 pessoas estiveram presentes.
O dia começou às 10:00 h, com uma caminhada em prol da Campanha do WNF, "Laat de Amazone Leven" e continuou em ritmo de festa durante toda a tarde. A principal rua, vestida de barraquinhas que expunham e vendiam produtos típicos, se revelou um passeio por alguns cantos do país e da personalidade brasileira. Para alguns, foi possível matar as saudades daquela comida típica, que por tantas vezes lhe faz aguar a boca, comprar artigos indígenas feitos pelos Yanomamis ou quadros pintados por mãos canarinhas. Também biquinis, roupa íntimas e cosméticos estavam lá, representando o lado vaidoso e brejeiro da mulher brasileira. O matar as saudades estava associado ao sentimento de ajudar o seu país já que parte da venda foi destinada à campanha.
Se o sol teimava em não aparecer, o calor vinha da pista de dança onde, animados pelo variado repertório do DJ Ronny Boy, os presentes dançavam ao som do forró, do axé, do calipso e tantos outros ritmos. Quem lá esteve pôde além de dançar, viajar num mapa musical do Brasil. A ciranda e o côco trazidos pelo Escola de Dança Afrobrasileira Bakerê e o Planeta Capoeira, com o Mestre Dôda, nos levaram ao Nordeste do País. A escola de dança Zouk Lovers deu um toque de latinidade à festa fazendo apresentação de samba de gafieira e workshops de samba e axé. As sambistas Cristiana e Biju, também do grupo Bakerê, trouxeram a beleza, o ritmo e mostraram o que Dorival Caymmy já nos dizia há tantos anos: quem não gosta de samba, deve ser mesmo ruim cabeça ou doente do pé.
Toda festa junina que se preza termina com casamento na roça e quadrilha. E assim foi. Neste mesmo dia, com muito humor, foi selada a união do casal de caipiras representados por Simone Verstappen e Ronaldo Gomes Lobo, pelo padre que foi representado por Alessandro Schoenmaker. Após a cerimônia, seguiu-se a quadrilha com muito arrasta-pé, animação e o gostinho de quero-mais. Pela reação do público, vai ser difícil esperar até o ano que vem.
A Festa Junina foi possível devido à participação, a colaboração de todos os presentes e principalmente ao patrocínio de: Talent Talen, Finalmente Brasil, Gwk/MoneyGram e Terrasol Agência de Turismo
Clique aqui para ver as fotos do fotógrafo Ron Beenen
Leia o artigo no jornal holandês
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