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Reflexão de Fim de Ano
Mais um ano que termina em “quem diria?…” Surpresas da vida, compactadas em 365 dias. Boas e ruins, como em tudo na vida. Com direito a alegrias e tristezas, nascimentos e mortes, recuperações e perdas. Tudo junto e misturado, até que cheguemos ao primeiro de janeiro na expectativa de que o próximo ano seja só repleto de felicidades, o que sabemos ser uma ilusão. Mas a Esperança, afinal, é a última que morre.
Colocando na balança, meu ano foi muito bom. Pessoal e profissionalmente não poderia ter sido melhor. Aprendi muito, ensinei algo, tentei meu melhor. Fiz com o próximo o que gostaria que fizesse comigo. Confesso não ter dado muito certo, pois algumas vezes o próximo fez comigo o que eu nunca faria nem com um animal. Mas isso é detalhe, pois decepções fazem parte da trajetória que percorremos na Terra.
Um ano turbulento para o mundo, com lugar para muita violência, pouca solidariedade e menos tolerância ainda. Um ano de provações: o terror coletivo, organizado, do IS; os desastres naturais e os provocados; a corrupção em massa e muito mais negatividade, alimentando a histeria diária das polêmicas das redes sociais. Os blogs cheios de críticas e incitações ao ódio coletivo, compartilhados milhares de vezes em questão de horas. Um circo. Uma loucura aprovada e compartilhada – coisas da tecnologia digital, criada por alguns seres humanos superinteligentes, para uso de milhares de outros seres bem menos dotados.
Enquanto isso, as postagens sobre Paz & Amor, orações e demais manifestações de espiritualidade, tornam-se cada vez mais escassas e pouco lidas ou compartilhadas. Que pena… Porque apesar do ódio ser popular, o que ainda segura esse mundo é mesmo seu oposto. A diferença é que as pessoas que pregam Paz e rezam pelo mundo, geralmente não aparecem, não escrevem blogs sensacionalistas pedindo por ela; elas simplesmente rezam e fazem o Bem na surdina. Praticam suas boas ações sem publicá-las no Facebook. Usam as redes sociais para inspirar e, não, pichar. Vão aos orfanatos e abraçam órfãos que desconhecem o valor de uma abraço. Intervêm em brigas; Cedem seus lugares na fila lotada; Fazem doações; Não negam ajuda, seja o que for.
Unem, ao invés de separarem.
Sussurram, ao invés de gritarem.
Rezam, ao invés de agredirem.
Falam de Amor, tentando anular o ódio.
É duro, claro. Quem fala sobre o tema é criticado e desdenhado. Quem fala de sentimentos nobres é tachado de falso, principalmente por quem julga o próximo como a si mesmo. Mas e daí? Deixa que digam, que pensem e que falem. Não podemos controlar o que outros pensam de nós, mas podemos controlar o que pensamos de nós mesmos.
Falando assim, até parece que sou Santa. Nem Santa, nem despida de sentimentos menores. Acredito que todo ser humano seja bom ou ruim dependendo da situação em que se encontre em determinada fase da vida. Mas a maturidade me ensinou que tenho o Poder de Escolha, e escolho todos os dias ser uma pessoa melhor.
A aproximação dos preceitos espíritas tem-me trazido valiosas lições desde 2013 (depois do falecimento do meu amado pai), que decidi aprender. Sei que tudo o que acontece tem uma razão de ser, ainda que eu não saiba qual. Aceito os desafios assim como aceito as bênçãos.
Por isso, minha palavra-chave em 2015 é GRATIDÃO. Gratidão por tudo que aconteceu na minha vida, de bom e de ruim. Os bons momentos serão inesquecíveis; os maus, fizeram parte do meu aprendizado. Grata por tudo.
Meu desejo para todos vocês, amigos, é que também optem pelos sentimentos mais dignos, ainda que seja muito difícil; ainda que seja uma provação, como tem sido para mim na última década. A sua força interior é maior que qualquer influência externa. Querer é Poder. Você, meu amigo/a, tem a chave da felicidade nas suas mãos, ou melhor, na sua própria mente. O que você projeta no mundo, é o que você nele verá. Dê amor e receba amor. Espalhe paz e receba paz.
FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE AMOR, SAÚDE E PAZ.
Fatima de Kwant