Até que nem tão holandesa assim
Clarissa Mattos
Foi com muito oliebollen, champagne e bons amigos que entrei 2008. Não vesti branco, não pulei sete ondas, não comi lentilhas e nada que manda a boa tradição e superstição brasileira. Se o ano que entra for igual a minha noite, será de muita tranquilidade, mesa farta e boa prosa. Para mim, nada mal.
Além de beber um bom vinho, comer muito e soltar o verbo em holandês - exatamente nesta ordem porque o bom vinho favorece à fluência em todos os sentidos - jogamos pictionary ou em bom português Imagem & Ação. Imaginem, eu jogando isso em holandês. Vocês podem imaginar as cenas hilárias!
Pra seguir a tradição holandesa, os fogos de artifício estavam por toda parte, assim como a fumaceira posterior. Só não fui dar o mergulho em Schevenignen, o famoso Nieuwjaarsduik ou mergulho do Ano Novo, quando milhares de loucos desvairados saem correndo e mergulham no mar de Schevenignen. Aí amigos, já é um pouquinho demais. Não há coisa nesse mundo que me faça mergulhar nesta água gelada, nem agora nem daqui a mil anos. Deixo isso para os holandeses, porque bailandesa escaldada tem medo de água fria
E pra 2008, o que eu desejo é que os afortunados se iluminem e ajudem a fazer brilhar as estrelinhas que andam apagadas pelo mundo afora.