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Clarissa Mattos
- Baiana de Salvador,  administradora de empresas e pós-graduada em Marketing e E-Business, nos  últimos anos tem atuado nas áreas de comunicação e marketing. Hoje mora em De Bilt e, além de música, cinema, literatura e fotografia, adora conhecer  novas pessoas, lugares e culturas.



The Hague Jazz. Sem Brasil, mas com muito boa música

Texto: Clarissa Mattos
Fotos: Ron Beenen
©2008
Reprodução proibida



3a edição do The Hague Jazz acontece nos dias 23 e 24 de maio confirmando a tradição de grandes festivais de música na capital administrativa da Holanda.



Pelo terceiro ano consecutivo o
World Forum Convention Center sediou o The Hague Jazz. Na sexta-feira, 23 de maio, 11 mil pessoas e no sábado 13 mil pessoas, sofreram com o mesmo dilema: para qual dos dez palcos deveriam se dirigir. Essa é realmente uma situação comum em festivais desse porte. É mesmo difícil decidir quando nomes de peso como McCoy Tyner,  Piert Noordijk, Toots Thielemans e Barbara Hedricks encontram-se no programa ao lado de revelações como Sensuàl, JazzKamikaze e Caroline Henderson. Foram 75 apresentações em duas noites que refletiram a filosofia do evento: trazer, por um preço acessível, qualidade musical para todos os tipos de público.

Pontos Altos

O festival reservou um momento histórico. A despedida de Miriam Makeba do cenário musical com o seu Dutch Farewell concert. Miriam Makeba, também conhecida como "Mama Afrika", é uma cantora sul-africana de 76 anos, também mundialmente conhecida como ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid. Outro veterano do jazz que fez mais uma irretocável e hipnotizante apresentação foi McCoy Tyner. Ele é um pianista americano que é uma verdadeira lenda viva do Jazz e nos anos 60 fez parte do mítico John Coltrane Quartet. Atenção especial foi dada à vocalistas escandinavas. Destaque para a também dinamarquesa Caroline Henderson que, no festival, se apresentou pela primeira vez na Holanda.

Ausência Brasileira

Contrastando com o ano passado, quando nos palcos do subsolo pisaram várias atrações brasileiras como Tania Maria e Marcos Valle, este ano não houve presença de artistas brasileiros. Se na edição anterior tivemos um tributo a Jobim feito por ninguém menos que Slide Hampton, acompanhado pelo trompetista carioca Cláudio Roditi, desta vez, o toque de Brasil ficou por conta da cantora americana Karrin Allyson que acaba de lançar o álbum Imagina com diversas canções brasileiras. Sem falar na arrebatadora apresentação da banda holandesa Sensuàl que trouxe composições do novo álbum Salve. As letras, em português,  são de autoria da vocalista Eva Kieboom e vêm emolduradas por um groove bem brasileiro.

Se o Brasil não estava no palco, marcava a sua presença na platéia. "Senti a ausência de artistas brasileiros"  afirmou Dores van der Hoek, que ainda conferiu e aprovou as apresentações de Barbara Hendricks, Stanley Clarke e o Sean Jones Quintet. Mas fez uma ressalva: "Na minha opinião, o The Hague jazz do ano passado foi muito melhor e mais organizado." Essa sensação pode ser um termômetro do sucesso do festival. O evento já demonstra sinais de problemas de capacidade. Muitas pessoas ficaram de fora das atrações mais disputadas. Por essa razão, a organização do festival já vislumbra ultrapassar as fronteiras do World Forum. Na próxima edição, já se pensa em shows no Gemeentemuseum Den Haag e em 2010, já se fala em um evento de três dias.

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