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Passaporte para a liberdade - Um Guia para Brasileiras no Exterior **

Brasileiros na Holanda publicará a cada semana algumas partes desse documento publicado pela Organização Internacional do Trabalho , onde você poderá também deixar seu comentário.

 

“P”... de quê??

 


Cada uma de nós é um conjunto de tantas histórias.
Histórias cheias de sonhos, dificuldades, desejos, medos... Cada pessoa leva dentro de si uma história única e exclusiva, um complexo de experiências que fazem parte do seu “existir”.

Ninguém é uma coisa só. Ninguém assume um só papel na vida e perante os outros. Ninguém é só profissional do sexo, ou só mãe, ou só esposa... Mas é claro que algumas experiências muito fortes superam e apagam a riqueza de uma biografia. Recordar, refletir e discutir quem somos é uma
maneira importante de não perder a própria identidade e de acreditar que o maior valor é o de ser Humana.

Se cada um tem valor porque é uma Pessoa, algumas vezes é preciso resgatar este valor no íntimo de nossos sentimentos. A dignidade e a liberdade da trabalhadora do sexo enfrentam uma série de desafios:


• é muito difícil quebrar o estereótipo da mulher de “vida fácil”;
• muitas culturas percebem o papel de uma mulher como “a serviço do homem”;
• sexo e afetividade estão cada vez mais separados;
• o cliente vê a trabalhadora do sexo como um objeto que compra e consome;
• o trabalho no mercado do sexo é violento e ameaçador;
• a falta de respeito pelas outras pessoas é o centro das novas
formas de escravidão;
• muitas trabalhadoras do sexo preferem não assumir esta atividade em outras esferas da sociedade.

• A HISTÓRIA DE S.C., TRABALHADORA DO SEXO EM
UM APARTAMENTO DE MILÃO:

Meu sonho é sair dessa vida, encontrar um grande amor,
viver tranquila... Mas quando você trabalha de P você fica
fria... não existe carinho, você perde o calor... Não é possível amar! Ou eu não mereço amar...
Todo dia recebo mais ou menos 100 ligações de clientes.
Escolho dois ou três, eles vêm à minha casa, mas não existe
uma relação, é só comércio. Às vezes você fica amiga do
cliente, ele diz que gosta de você, quer algo mais sério...
mas eu não consigo, fiquei fria! Acho que não sou mais
capaz de amar, mas posso pagar escola particular para o
meu filho, comprei uma casa para a minha mãe...

Refletir sobre a própria história de vida, os momentos de dificuldade e de miséria que uma mulher viveu, as formas de violência que sofreu, a discriminação que enfrentou.

Existem momentos em que é preciso resgatar a auto-estima e repensar os valores que levam uma Pessoa a fazer certas escolhas. Chega um momento em que é preciso escolher:
continuar em um certo caminho ou mudar e se livrar de comportamentos
danosos para o corpo e para a dignidade.


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1ª Edição 2007

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Tel. 31 0 10-206 2211
plantão: 06 5155 4836

- TAMPEP International Foundation
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Tel. 31 20 624 71 49
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