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Luana Ferreira é Relações Públicas formada pela Uerj. Na Holanda, faz trabalho voluntário para a "Fundação A Hora do Brasil" que produz eventos sobre arte e cultura brasileira.

 

Amsterdã se rende ao Uitmarkt

 

Um fim-de-semana embalado a muita música, dança, teatro, cabaret  e outras atrações deu o tom do que vai acontecer na próxima temporada cultural de Amsterdã. Um pouco de tudo pôde ser visto de graça pelo meio milhão de  visitantes que lotou  a  trigésima edição do Uitmarkt, acontecido entre os dias 24 e 26 de agosto na Oostelijk Havengebied, em Amsterdã.

A localização aliás, inspirou  também o tema dessa edição: Aventura. Nos anos anteriores o Uitmarkt aconteceu no centro de Amsterdam e, pela primeira vez em sua história, mudou de lugar. Ou melhor, concentrou suas atividades onde os organizadores apelidaram de “o novo centro”, dada a diversidade de locais disponíveis, 36 ao todo excluindo-se o Melkeweg, o Stadsschouwburg e o Theater Bellevue que continuam no Quartier Leidse.

E eles acertaram a mão! O evento foi abençoado por um sol maravilhoso e nem o ventinho frio que soprava no Ijburg na noite de abertura afastou os empolgados espectadores no show do UPC Podium, palco principal do evento. E eles chegavam aos montes: de barca, ônibus, bicicletas e à pé, cruzando a pequena ponte que separa a ilha do resto de Amsterdã.

Ainda na noite de abertura, fui visitar o cinema a céu aberto no pátio do Lloyd Hotel e não me desapontei. No mais, saímos a caçar alguns eventos que sugeriam alguma relação com nossa pátria amada e encontramos alguns representantes:

Uma banda de percussão chamada Absurdo no terraço do Nemo sábado à tarde. Absurdo combina sua apresentação com umas coreografias meio teatrais e o som é de primeira. Na verdade, a  melhor banda de percussão que vi até hoje formada só por holandeses. As crianças fizeram a festa!

Perdemos a apresentação da cantora espanhola Monserrat que tocava bolero com bossa. O sábado à noite já estava preenchido. Perdemos também um outro chamado Cello Octet Conjunto Ibérico que tocava, em sua paixão sul-americana, Villa-Lobos entre outros. Esse ainda conseguimos escutar do lado de fora do MuziekGebouw aan 't IJ que foi um dos points do Uitmarkt, lotado a qualquer hora do dia, com filas quilométricas para qualquer apresentação.

Por último,  assistimos a uma banda chamada Gente Boa que cantava “múxica” popular brasileira. A vocalista tinha até uma boa voz mas perdeu o meu respeito quando falou que aprendera português com os amigos e então resolveu montar uma banda, fez um workshop e melhorou sua  pronúncia  para cantar covers de Jorge Vercilo, Ivete Sangalo e Vanessa da Mata, entre outros. A pronúncia melhorada em questão dava margem a “outro vida” e coisas do gênero. Além de trechos cantados trocados. Mas o público adorou e o Gente Boa tem até o patrocínio do Prins Bernhard Cultuurfonds, o que me chocou (porque nunca imaginei que um fundo de cultura desse porte financiaria uma banda que toca música dos outros) e encheu de inveja (porque não conheço nenhum grupo realmente brasileiro a contar com tal regalia, se existe, por favor me apresentem para que eu durma em paz!). Brasil vende, after all.

No mais, destaco o que escolhi para assistir: Deborah  J. Carter cantando (bem) seu “Jazz uit hoofstad” algo como Jazz da capital, no restaurante Fifteen do Chef Inglês Jamie Oliver. Jamie, inspirado em seu restaurante em Londres, faz um trabalho social fantástico ensinando uma profissão a jovens fora do mercado de trabalho. Sim, Amsterdã também tem carentes!

Outro point jovem visitado foi o Club Panamá, onde vimos a apresentação de uma eufórica  Renee van Bavel e banda que tinha acabado de assinar um contrato com uma gravadora. Na saída, a fila  para o cabaret do duo cômico Hans Dorrestijn en Martin Van Dijk já dobrava a esquina.

O gran finale ficou por conta  do Musical Sing-a-song, onde musicais como Les Miserables e Fame deram uma palhinha afim de atiçar a vontade do público para o espetáculo inteiro, e de um decepcionante Cirque du Soleil com o show Varekai. Aguardado por uma multidão e apresentado por um telão ao som de um DJ que era bom... Mas eu queria ver pelo menos um pedaço de um ato ao vivo...

A esmola era demais, devia ter desconfiado!

Bem, pessoal, essas foram as minhas impressões do Uitmarkt. Também estiveram por lá? Deixem seus registros!

 

 

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