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Dra. Míriam Sommer, natural do Rio Grande do Sul, é homeopata formada em medicina no Brasil. Atualmente é mestranda na Erasmus Universiteit e atende em seu consultório em Den Haag. Esclareça suas dúvidas ou saiba como marcar consultas enviando-lhe um e-mail.

Vida e saúde

               Nevralgia do Trigêmio – o tratamento alopático e homeopático

Míriam Sommer


A Nevralgia do Trigêmeo é um quadro doloroso paroxístico muito intenso, que atinge a face, em uma área abrangida pelo nervo chamado trigêmio.  A dor possui características de choque elétrico ou agulhadas e que tem curta duração, podendo durar somente alguns segundos. As crises dolorosas ocorrem várias vezes ao dia, podendo levar a conseqüências graves como a depressão ou mesmo ao suicídio.

As causas

A causa exata da nevralgia trigeminal é ainda desconhecida, mas existem certos fatores que podem desencadear o começo da mesma. Stress e tendências genéticas são os fatores desencadeantes mais importantes. Existem também outros fatores, como um dano físico ao nervo causado por um procedimento cirúrgico ou processo dentário, um ferimento na face ou até mesmo infecções.

O stress

Sabemos que o corpo e a mente possuem um vínculo inseparável e que a psique tem um papel em manter a saúde ou causar doenças. É muito comum na prática médica diária ouvirmos dos pacientes que o início de sua nevralgia trigeminal começou após o divórcio, após a morte de um ente querido, mudança de emprego, presença de relações familiares não saudáveis etc. A percepção que os pacientes têm sobre a relação que a nevralgia trigeminal possui com o stress também é confirmada em estudos clínicos.

O stress tem sido indentificado como um dos fatores mantenedores da nevralgia trigeminal, especialmente nos casos crônicos. O stress pode se apresentar na forma de:

  • Ansiedade prolongada  atribuída à qualquer causa
  • Pesar, depressão
  • Raiva suprimida/emoções
  • Culpa
  • Frustrações
  • Desespero
  • Desilusões da vida
  • Temperamento nervoso
  • Insucesso nos negócios, etc.

A frustração relacionada com a falta de uma explicação plausível sobre a natureza desta enfermidade somente torna  tudo muito pior. Nem todas as causas desta enfermidade são tidas como confiáveis e parece que a causa hereditária possui um importante papel em certos casos.
Existem fatores que diminuem o limiar para o seu aparecimento e aumentam as chances de um ataque nevrálgico.
Em geral não é identificada uma causa especifica, mas a nevralgia trigeminal pode estar relacionada a problemas dentários, do ouvido e mesmo a certos tumores.

Fatores que governam a dor e o limiar de um ataque

Episódios de nevralgia trigeminal aumentam quando o limiar à dor se torna baixo. O limiar à dor é afetado por vários fatores desconhecidos, alguns deles são:

  • Stress
  • Exposição ao vento frio  
  • Trauma craniano
  • Sono inadequado
  • Envenenamento por chumbo ou outros químicos
  • Flutuação hormonal antes e depois da menstruação
  • Hiperglicemia (altos níveis de açúcar)
  • Certos antibióticos e agentes anestésicos

O tratamento da nevralgia trigeminal

O tratamento baseia-se no uso de remédios (drogas anti-epilépticas e antidepressivas) e a estimulação elétrica do nervo. Em algumas situações está indicado tratamento cirúrgico

Nevralgia do trigêmio - Botox para a dor facial

Um estudo preliminar com 13 pacientes revela que a toxina botulínica (de nome comercial Botox)se mostra eficaz para tratar um doloroso transtorno chamado nevralgia do trigêmio, segundo publica o jornal “Neurology”.

A neurotoxina botulínica do tipo A (a mesma que se emprega nos tratamentos estéticos contra as rugas) parece ser um tratamento eficiente, concluem os autores desta pequena investigação. Os mesmos reconhecem que os resultados apresentados neste estudo apontam para a necessidade de um estudo maior para a confirmação destes resultados.

O trigêmio é o principal nervo da face, encarregado de transmitir a informação sobre a sensibilidade facial ao cérebro. A nevralgia neste nervo ocasiona espasmos dolorosos em algum dos pontos onde ele atravessa e, como acontece com este tipo de moléstias de origem nervosa, basta tocar ligeiramente a zona afetada para que se desencadeie a dor. Precisamente, como se trata de uma for breve e intermitente, os analgésicos clássicos não tem servido para aliviar esta enfermidade. Com frequência se recorre aos anticonvulsivantes, porém estes fármacos nem sempre são eficazes e podem ter efeitos adversos importantes.

O estudo

Estes especialistas, neurologistas da Universidade Federal do Paraná em Curitiba, apontam uma nova opção terapêutica em sua investigação: a toxina botulínica. Já se sabia de antemão que esta toxina pode ser um bom analgésico. Segundo os autores, os efeitos analgésicos desta toxina se devem ao fato de a mesma bloquear a liberação de certas substâncias (a substância P, o glutamato e outros peptídeos e neurotransmissores) que intervêm na percepção da dor.

A toxina botulínica já havia sido comprovada com êxito nas enxaquecas e nas dores pós-cirúrgicas, porém no caso da nevralgia do trigêmio se desconhecia quanto tempo duram os seus efeitos e a quantidade de toxina a ser administrada.

Os neurologistas brasileiros deram a resposta a estas incógnitas: “Houve uma redução considerável da dor durante 10 dias; e em 20 dias houve quase total ausência de dor. O efeito da toxina botulínica se manteve mais de 60 dias, último momento da avaliação do estudo, dizem os autores. Estes resultados foram observados após os autores terem estudado 13 pacientes com nevralgia trigeminal de diferentes gravidades, que receberam injeções da toxina botulínica (a quantidade de injeções e sua localização dependia da zona do rosto que fora afetada).

Os participantes, que experimentavam sintomas muito dolorosos, sentiram alívio de suas dores e, porisso, reduziram sua medicação preventiva. E mais, quatro dos pacientes que se submeteram ao estudo, ficaram livres de medicação e os restantes baixaram o seu consumo em 50%.

Além dos efeitos benéficos, não houve efeitos secundários. Os autores acreditam que seja necessário um estudo maior para este tratamento seja tido como eficaz no tratamento desta moléstia que tanta dor causa aos seus portadores.

Tratamento homeopático

A maioria dos pacientes que procuram a alternativa do tratamento homeopático se deve ao fato de não terem obtido sucesso com as alternativas alopáticas.

O tratamento homeopático tem provado ser eficiente em muitos casos.
Estudos têm evidenciado que os remedies homeopáticos são eficientes e diminuem as dores pelo bloqueio dos sinais dolorosos enviados ao cérebro. Mesmo os casos resistentes à medicina alopática possuem resposta sucesso com a homeopatia.

Vantagens do tratamento homeopático na nevralgia trigeminal

1. Nos casos resistentes é muito eficiente

2. Remédios homeopáticos também podem ser administrados concomitantes aos remédios prescritos pelo neurofisiologista

3. Remédios homeopáticos são absolutamente seguros e não tóxicos, além de não interferirem com outros medicamentos.

4. Ajudam a reduzir (e eliminar) as doses dos remédios da medicina alopática usados no combate da nevralgia trigeminal. Além disto, a retirada do medicamento alopático pode ser feito de forma lenta e sob a supervisão do homeopata.

5. Ajudam significativamente a reduzir a frequencia e severidade de um ataque de nevralgia trigeminal.

O enfoque homeopático da nevralgia trigeminal

O enfoque homeopático com relação à saúde e à doença, em geral, é mais holístico do que baseado somente nos sintomas locais da enfermidade. Estabelecendo que a homeopatia enfoca a nevralgia trigeminal de forma psicossomática e genética, esta doença é tratada de forma constitucional.

Cada paciente  homeopático, portador de nevralgia trigeminal, é avaliado de forma individual e tratado da mesma forma. Ao ser feita a análise de um paciente portador de nevralgia trigeminal, todos os detalhes dos sintomas do paciente são anotados, como por exemplo, o tipo de dor, as sensações locais, o tempo de ocorrência, as circunstâncias que levaram à dor, os fatores desencadeantes etc. Além do mais, na abordagem homeopática, dá-se grande importância e ênfase a características individuais do paciente, como hábitos alimentares, preferências alimentares, relações com o clima, padrão de sono etc. O estudo da esfera emocional e da mente do paciente é conduzido de forma minunciosa. E mais, a história das doenças passadas do enfermo é investigada de forma a se entender o background genético do paciente.

Após juntar todas estas informações vitais, é feita uma avaliação final, onde somente um remédio é determinado para o paciente, que deve tratar o mesmo de forma individualizada, num nível interior, curando-o em um nível profundo, tratando a sua doença cronica.

O remédio homeopático é então administrado, conferindo uma redução na frequência dos episódios, fazendo-os menos intensos, e eventualmente levando à remissão.

Sobre os remédios homeopáticos

As medicações homeopáticas são obtidas de extratos vegetais, dos minerais, produtos animais benignos etc. Para a preparação dos remédios homeopáticos, faz-se uso de um método chamado potencialização, que envolve diluições seriadas do material original, e rendendo ao medicamento homeopático uma alta potência e deixando-o livre de efeitos tóxicos. Os remédios homeopáticos são absolutamente isentos de efeitos tóxicos, não causam mal nenhum e são livres de efeitos colaterai

 

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