Amsterdã - Um controvertido sistema de scanner para checagem de passageiros está em teste até o final da primeira semana de maio, em Schiphol, aeroporto da capital holandesa. Na qualidade de voluntários, membros das tripulações das companhias aéreas, assim como funcionários de terra, estão sendo submetidos ao sistema, que é capaz de reproduzir iimagens do contorno do corpo, mesmo coberto por várias camadas de vestuário. "Demorará algum tempo até que todos tenham que passar pelo scanner", disse a porta-voz do aeroporto, Mirjam Snoerwang. Ela garantiu que o operador do sistema não será capaz de ver o rosto do examinado, preservando assim a sua privacidade.
A introdução do sistema causou apreensão entre os funcionários, então preocupados com possíveis efeitos colaterais da radiação emitida pelo aparelho. Ainda esta semana, autoridades aeroportuárias e da KLM chegaram a afirmar que a maioria das objeções fundamentava-se em informações incorretas sobre o mesmo. Na quarta-feira, o porta-voz da KLM, Hugo Baas, procurou esclarecer tais dúvidas aos representantes dos funcionários. Empregados das empresas aéreas podem, contudo, escolher entre o scanner e o metódo tradicional, que envolve uma, por vezes, incômoda revista manual por um funcionário da alfândega. A diretoria da KLM aposta que o novo sistema abolirá atrasos nas áreas de segurança. "No futuro, as pessoas precisarão apenas atravessar o portal do aparelho", disse ainda Baas. Segundo ele, a revista manual só será necessária caso o aparelho de scanner lance alguma suspeita sobre o revistado. As imagens do scanner não serão arquivadas e por esta razão não poderão ser revistas.