Leusden - Um em cada sete holandeses não confia suficientemente nos serviços dos hospitais do país. A estatística é do instituto de pesquisa MarketResponse, de Leusden, que entrevistou 500 pessoas com a idade mínima de 18 anos. Os consultados revelaram desconfiar dos tratamentos tanto em hospitais universitários, quanto gerais. Além disso, quase 20% dos entrevistados afirmaram não sentir que suas necessidades são prioridades nas consultas médicas. A empresa atribui o resultado da enquete aos recentes incidentes em diversos hospitais do país.
Radboud
Problemas como os do Hospital Universitário Radboud, de Nijmegen, exemplificam o quanto a confiança nos serviços clínicos está abalada. A inspeção do Ministério da Saúde determinou o fechamento do serviço de cardiologia do hospital e proibiu que ali ocorressem cirurgias do gênero em adultos. A decisão foi tomada depois de anos de desentendimentos entre cirurgiões cardiologistas e a direção do hospital, razão que teria causado o alto índice de mortalidade naquele setor do Radboud. Conflitos semelhantes, entre médicos e diretores dos hospitais Maasziekenhuis, em Boxmer, e Mesos Medisch Centrum, de Utrecht, respectivamente, acentuam a desaprovação da opinião pública. Em Utrecht, um anestesista foi suspenso no ínicio da semana, devido a problemas internos. Um terço dos entrevistados considera que os hospitais não informam bem sobre a qualidade de seus serviços.
A pesquisa do MarketResponse concluiu também que metade dos holandeses acha que não tanto as inspeções, mas uma organização - formada por funcionários dos hospitais,membros dos setores públicos, associação dos pacientes, e representantes dos seguros de saúde - seria uma melhor opção para controlar os serviços hospitalares e zelar por sua qualidade.
Redaçãö: Arnild Van de Velde
Fonte: De Telegraaf
