Uma pesquisa revelou que o sistema de saúde da Holanda gasta 90 milhões de euros por ano com o tratamento de pessoas errôneamente medicadas. O mesmo estudo estipula em 1.254, o número de mortos em virtude do erro. O grupo mais atingido é o dos idosos, com o dobro das vítimas jovens. A cada ano, 41 mil pessoas são internadas como resultado da má prescrição de remédios.
Realizada pela primeira vez no país, a pesquisa foi publicada na última segunda-feira. A pedido de organizações médicas e grupos da indústria farmacêutica, verificou-se ainda que metade destes erros poderia ter sido evitada, se houvesse desejo político em fazê-lo, como afirmou a pesquisadora Patricia van den Bemt, à agência de notícias ANP. Ela disse ainda que as internações ocasionadas por este tipo de erro são duas vezes mais freqüentes do que as causadas por acidentes automobilísticos. A má comunicação entre especialistas, sobretudo a respeito de pacientes que necessitam de mais de um tipo de droga, seria a maior razão para os equívocos. O maior grupo de medicamentos erradamente prescritos constitui-se de antiplaquetários, remédios para o controle de desordens psicológicas e daqueles vendidos sem receita, como o Ibuprofen.