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Ter ou não ter, eis a questão!

Patrícia Veltri

 

O assunto me rodeava, vivia fazendo divagações, me questionando, põe na balança daqui, tira dali mas o que realmente me convenceu que era hora de engravidar foi uma conversa ao telefone com uma amiga que já tinha filhos e disse:
“Mas Patricia, sempre vai ter uma lista de coisas que você só pode fazer sem filhos e outra das coisas que você só irá fazer se os tiver...”

Tomei um susto, fiquei em estado de choque, as coisas se encaixaram, tudo fez sentido.

Acredite, esse é o grau de simplicidade dos argumentos que me fazem tomar as decisões mais significativas e importantes na minha vida.

No meio de uma conversa inofensiva, quase banal, daquelas  que você ao mesmo tempo olha uma revista e fala ao telefone, relaxada, sem medo do que irá escutar ou dizer, caiu a ficha e o meu mundo nunca mais foi o mesmo.

Viajar por seis meses a paraísos exóticos versus a emoção de ver pela primeira vez o rostinho do seu bebê; ir ao cinema, depois jantar fora, emendar numa festinha até as três da manhã e no dia seguinte dormir até o meio-dia versus a alegria de ver ele falar mamãe; ou ainda, passar horas na cozinha aprendendo aquela nova receita do Jamie Oliver versus descobrir o ponto perfeito da sopinha de legumes com aveia...

Como bem disse minha amiga, essas coisas só podem mesmo ficar numa lista lado a lado, não faz sentido comparar. E foi assim que percebi que discutindo em linha reta, organizando pontos de vistas e revendo argumentos analiticamente nunca iria chegar a uma resposta racional e ponderada para a minha questão: “ter ou não ter filhos”.

Aceitei que dentro do meu universo das idéias nunca seria capaz de chegar a uma conclusão sobre isso pensando. Admiti que essa conversa, na minha cabeça, sempre foi da família das loucuras que se fala (e as vezes se faz) sem pensar, por pura impulsividade ou...desequilíbrio hormonal.

Por que será que temos essa inexplicável vontade de correr riscos na vida principalmente quando está tudo indo super bem, no trabalho, no amor, com os amigos, interiormente, enfim, quando está tudo ótimo em todos os setores e assuntos, precisamos inventar alguma novidade só para nos confundir, por que será?
Como diz aquele reclame, o primeiro sinal é uma coceirinha...nas idéias, depois vem aquele risinho no canto da boca, aquela conversa mole e basta uma bebidinha para ficar mais solta, uma luz dourada no fim de tarde entrando pela janela, olhinhos brilhando...e quando você vê está dizendo: pois é...eu também... porque não...sim!!!????

Às vezes ainda suspiro e continuo achando os itens da lista dos “sem filhos” bem mais excitante, mas confesso que isso só dura até eu chegar na creche do meu filho e ele abrir os braços e vir correndo na minha direção.

O amor é mesmo lindo e com certeza cego e sem nenhum juízo. Nossos bebês serão sempre maravilhosos, sem defeitos, além de hiper-inteligentes e acima da média, e isso sempre vai ser assim.
Agora “ter ou não ter” filhos é sem dúvida uma longa questão. ”Ter” dá um monte de trabalho, aliás como tudo nessa vida, “não ter” só é solução para quem não se faz esta pergunta.

Eu acabei tendo um filho, lindo, maravilhoso, claro, e sou a mãe mais feliz do mundo QUASE todos os dias.

 

 

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