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Rodolfo Torres - Graduado em comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é jornalista e redator.  Mora em Brasília há dois anos e trabalha cobrindo a política nacional.
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Comissão de Infra-Estrutura convoca Dilma

Rodolfo Torres



Enquanto a base governista barrava requerimentos na CPI dos Cartões Corporativos, a Comissão de Infra-Estrutura aprovou a convocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ela terá que comparecer ao colegiado duas vezes nos próximos 30 dias.

Oficialmente, Dilma dará explicações aos parlamentares sobre o andamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA). No entanto, conforme ressaltou o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), não se pode impedir que os parlamentares façam outras perguntas.

A oposição quer explicações da ministra em relação ao dossiê, que teria sido elaborado pela Casa Civil, e que foi vazado para imprensa. O documento continha informações sigilosas sobre os gastos com o cartão corporativo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de sua esposa, Ruth Cardoso.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) destacou que a ministra virá para debater, apenas, sobre o programa governamental. “Para discutir sobre o PAC, ela virá, não tenho dúvida disso. Não me consta que é atribuição dessa comissão discutir cartão corporativo. Se for para discutir isso, vamos ter de chamar o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) para investigar o vazamento de informações da Casa Civil”, afirmou.

O peemedebista faz referência ao fato de o senador tucano ter admitido que teve acesso ao dossiê, com os dados sigilosos, antes de o documento ter parado nas mãos da imprensa. Entretanto, Alvaro destaca que não foi o responsável pelo vazamento dessas informações aos veículos de comunicação.

A disputa entre governo e oposição também ganhou novos contornos, além da convocação da ministra e da confissão do senador. Os oposicionistas já estão com assinaturas suficientes para abrir uma outra CPI dos Cartões, desta vez apenas no Senado. O argumento para abrir mais essa linha de investigação é que na CPI já instalada, a base governista não permite a provação dos requerimentos de convocação.

“Os requerimentos que foram negados na CPI mista são um sinal claro de que o governo não quer as investigações”, destacou o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN). Já o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), explicou que na CPI exclusiva dos senadores, a correlação de forças entre governo e oposição é mais igualitária. Ele explicou que, caso os requerimentos não seja aprovados no colegiado, a intenção dos oposicionistas é trazer as matérias rejeitadas para o plenário do Senado. "É disso que eles têm medo. Eles acham que tropa de choque resolve tudo. Tropa de choque não resolve nada".

Por sua vez, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), evitou a leitura do requerimento da CPI dos Cartões, exclusiva do Senado, nessa quinta-feira. Apelando aos oposicionistas, ele propôs uma reunião e prometeu ler o requerimento na próxima terça-feira. “Será que eu não tenho autoridade, não tenho condições de fazer um apelo? Estou dizendo que [o requerimento] vai ser lido na terça-feira, custe o que custar, doa a quem doer”, garantiu aos senadores no plenário.

Minutos depois, conversando com os jornalistas, adiantou o que vai falar na reunião com os senadores: “Eu vou apelar terça-feira para o bom senso no sentido de que tenhamos uma conduta equilibrada com relação às CPIs, sob pena de ser comprometido o instituto mais valioso para a investigação parlamentar. Afinal de contas, duas CPIs tratando do mesmo assunto... isso não vai terminar bem”. 

- 04/04/2008

 

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