ALGUMA
RESOLUÇÃO
Sérgio Godoy
O
Natal passou e depois veio a tragédia
no Sul da Ásia; o Tsunami, cuja
palavra é originária do
japonês, que chocou corações
em toda parte do mundo. Impossível
não compartilhar a dor e o desespero
representados na fragilidade humana diante
da força brutal da natureza. Dois
dias depois recusei olhar as imagens
que a TV apresentava e deixei-me no silêncio
amargo do acontecimento.
Meu
parceiro e eu passamos o Ano Novo
com amigos; jantamos, bebemos e dançamos
ao som de ritmos variados até chegar
o momento de irmos ao terraço
do prédio para ver a queima de
fogos resplandecer suas luzes no céu
de Amsterdã. Como de costume,
houve uma extensiva confraternização;
desejos de um feliz Ano Novo ao grupo
de pessoas que também se fazia
presente no terraço do prédio
vizinho, mensagens nos celulares, brindes
com taças de champanha, sorrisos
e abraços. Terminamos a noite
em um club onde a boa música foi
incentivo suficiente para esquecermos
o “mundo lá fora”.
No
primeiro dia do mês de janeiro
de 2005 passei a tarde dentro de casa
e recusei qualquer clichê sobre
qualquer resolução. No
segundo dia fomos caminhar em uma floresta
em Soest e visitar os pais de meu parceiro.
Hoje,
sento-me diante de meu laptop e minha
intenção é escrever
mas as palavras escapam de meu “bolso”.
Fico olhando a manhã que passa
sorrateira diante de meus olhos e penso
na incrível possibilidade que
possuímos de encontrar a força
essencial que impulsiona nossas vidas
e acrecenta-se aos planos; aos planos
de muito fazer no decorrer do novo ano.
Gratificar-me pela pessoa que sou, apaixonar-me
sempre que possível e aprender
tudo aquilo que ainda não sei.
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