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Arnild Van de Velde é de Salvador, de onde saiu há 14 anos. Antes da Holanda, morou na Escócia e na Alemanha. Dedica-se ao jornalismo, à literatura, à execução de projetos culturais e ao estudo da "Ciência da Cultura"( Kulturwissenschaft), pela Universidade de Hagen(D). |
Avant-Première - Laurence Lamers recebe convidados no Tuchinski
Arnild Van de Velde
Na noite da última segunda-feira o cine-teatro Tuchinski, de Amsterdã, deu lugar à avant-première de Paid, em festa que reuniu personalidades da TV e cinema holandeses, empresários, artistas e demais convidados do diretor Laurence Lamers e do produtor Sylvester Slavenburg. O Brasil esteve representado nas pessoas do chefe de chancelaria da Embaixada Brasileira, Carlos Alberto Asfora e do novo titular do Consulado Brasileiro de Roterdã, Sérgio Arruda. Representando o elenco, o ator britânico Tom Conti, que no filme faz o papel de um chefão do narcotráfico(Rudi Dancer).
O filme
Primeiro longa-metragem do diretor holandês Laurence Lamers, Paid é um filme romântico sobre gangsters que bem poderia ser descrito como o registro de um único evento no complicado cotidiano do crime, quando um homem oprimido por seu destino(Michel, vivido Murilo Benício) se encontra com uma mulher indiferente ao seu próprio(Paula, papel de Anne Charrier). Ao mesmo tempo, é também uma história de bandidos: um neófito ambicioso(Bennie/Tygo Gernandt), um 'fundamentalista' (Giuseppe, personagem do francês Guy Marchand, para quem a fidelidade ao crime é convicção) e um narcotraficante onipontente e onipresente(Rudi Dancer/Tom Conti) e seus destinos entrelaçados. Neste enredo, não há polícia, nem perseguições espetaculares; o filme inteiro surpreende por retratar uma das faces do submundo em sua mais absoluta banalidade: um universo onde somas fabulosas de dinheiro, traições, trapaças e cobiça são fatores determinadores de alianças e rompimentos, de vida e de morte. O toque surreal fica por conta dos diálogos despretensiosos e apenas o estritamente necessário é dito - e com pouca emoção.
O Michel de Murilo Benício é sobretudo um angustiado. Numa das cenas iniciais, em que ele contracena com a atriz Ana Lúcia Torre, esta angústia ainda não transparece. Ao longo do filme, porém, as poucas falas de Michel deixam claro o quanto ele é emocionalmente incapaz, um quase destruído. Nem a sedutora Paula de Anne Charrier - a atriz francesa é um achado de Lamers para o cinema, para não falar da leve semelhança com a italiana Monica Belucci - consegue realmente arrancá-lo de seu estupor. Michel só parece sentir a vida diante de Luis, o menino boliviano que muda seu destino. Paid tem ainda um destaque que não poderia deixar de mencionar: a contagiante trilha sonora de Jaques Morelebaum deixou a Amsterdã do filme muito mais bonita.
Galeria de Fotos
Cartaz do filme na entrada do Tuchinski |
Sylvester Slavenburg (produtor) e Laurence Lamers (diretor), na entrada, recepcionando os convidados |
Ministro Carlos Alberto Asfora, Laurence Lamers e o Cônsul Sérgio Arruda |
Cônsul Sérgio Arruda, Marcia van Beek-Curvo e, Gerard van Beek
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Arnild Van de Velde, jornalista do site Brasileiros na Holanda e Laurence Lamers |
Laurence Lamers e Sylvester Slavenburg sendo aplaudidos de pé depois da exibição do filme |
A festa prosseguiu noite adentro com muita música e serviço impecável |
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Ator Tom Conti sendo aplaudido pelos convidados
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26/09/2006
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